segunda-feira, 25 de julho de 2011

Assalto ao Banco Central

Direção: Marcos Paulo
Elenco: Milhem Cortaz, Hermila Guedes, Lima Duarte, Giulia Gam, Eriberto Leão, Gero Camilo, Cássio Gabus Mendes, Milton Gonçalves, Tonico Pereira, Vinícius de Oliveira e Antônio Abujamra
Produção: Walkiria Barbosa, Vilma Lustosa, Marcos Didonet
Roteiro: Renê Belmonte
Fotografia: José Roberto Eliezer
Duração: 104 min.
Ano: 2011
País: Brasil
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox
Estúdio: Total Entertainment
Classificação: 12 anos

Em agosto de 2005, jornais de todo o país estamparam em suas páginas a notícia do incrível assalto ao Banco Central de Fortaleza, que trouxe um prejuízo de 164.7 milhões de reais aos cofres públicos, sendo considerado o maior da história do país. Inspirado nesse acontecimento, estreou no último dia 22 o filme Assalto ao Banco Central, que conta como o lider da quadrilha, Barão (Milhem Cortaz), conseguiu com seu grupo realizar o feito. O filme tem direção de Marcos Paulo, conhecido por dirigir novelas de sucesso como Dancin' Days e Roque Santeiro, além da participação de vários atores globais como Lima Duarte e Eriberto Leão. Assalto ao Banco Central tinha tudo para ser um grande thriller de ação: boa história, bons atores, mas não correspondeu às expectativas. Uma das razões é a não linearidade de sua narrativa. As cenas do planejamento e execução do crime são mostradas e logo depois interrompidas por cenas do interrogatório de alguns integrantes da quadrilha, ocorrido meses depois, fazendo com que saibamos antecipadamente o destino dos personagens. Todas essas idas e vindas no tempo acabam quebrando o ritmo do filme, tornando-o enfadonho em alguns momentos. Além disso, apresenta algumas histórias paralelas que nada acrescentam à trama, como o relacionamento amoroso da investigadora Telma, interpretada por Giulia Gam. Entre os raros bons momentos do filme, destacam-se as boas atuações de atores do calibre de Tonico Pereira, que faz o papel do engenheiro da obra e de Gero Camilo, que interpreta o engraçado Tatu, um dos membros da quadrilha. Enfim, Assalto ao Banco Central representa uma estreia não muito boa para o diretor Marcos Paulo e pouco acrescenta em qualidade ao cinema nacional.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Meia Noite em Paris


Título original: Midnight in Paris
Direção e roteiro: Woody Allen
Produção: Letty Aronson, Stephen Tenenbaum e Jaume Roures
Fotografia: Darius Khondji
Direção de arte: Anne Seibel
Gênero: Comédia Romântica
Duração:1 hr 40 min
Elenco: Kurt Fuller, Owen Wilson, Marion Cotillard, Michael Sheen, Tom Hiddleston, Kathy Bates, Rachel McAdams, Gad Elmaleh, Carla Bruni, Adrien Brody
Ano de lançamento: 2011

Depois de dirigir filmes com diferentes cidades como pano de fundo como Manhattan, Inglaterra e Barcelona, enfim Woody Allen chegou a Paris. Meia noite em Paris é uma verdadeira declaração de amor à Cidade Luz. O filme conta a história de Gil (Owen Wilson) um roteirista de Hollywood que, apesar de bem remunerado, demonstra estar bastante frustrado com o emprego. Seu desejo é se tornar um grande escritor de romances como F. Scott Fiztgerald e Ernest Hemingway. Até que decide passar as férias em Paris com a noiva Inez (Rachel McAdams) e os sogros. Sua estada na cidade não é muito agradável já que seu relacionamento com Inez não vai muito bem. Depois de caminhar sozinho à noite pelas ruas de Paris, decide sentar em um determinado local. Exatamente à meia noite, surge um carro antigo com algumas pessoas que o convidam para entrar. A partir daí, inicia seu passeio fantástico ao passado, especificamente aos anos 20. Começam a surgir para Gil grandes personagens da literatura e das artes plásticas como Hemingway e Picasso. Além deles, ele conhece Adriana, uma mulher encantadora, interpretada pela excelente Marion Cotillard. A película tem também boas participações como a de Adrien Brody, no papel de Dali, além da primeira-dama francesa Carla Bruni que no filme representa (ou tenta representar) uma guia de museu. Dessa forma, Woody Allen nos leva a uma viagem surreal pelo mundo da literatura e da arte, fazendo de Meia Noite em Paris sua retomada ao quesito bom gosto. Vale a pena assistir. 




 

terça-feira, 5 de julho de 2011

Janela indiscreta - O Reality Show de Hitchcock


Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: John Michael Hayes e Cornell Woolrich
Elenco: James Stewart, Grace Kelly, Thelma Ritter e Wendell Corey
Gênero: Suspense
Origem: Estados Unidos
Duração: 112 minutos


Apesar de sua estreia ter sido há mais de cinquenta anos, Janela indiscreta, de Alfred Hitchcock, revela-se bastante atual, se comparado aos reality shows contemporâneos. A clássica curiosidade humana de observar a vida alheia, através de fechaduras ou janelas, tem sido um negócio bem lucrativo para as grandes empresas de comunicação. Apoiado basicamente na mesma ideia, Hitchcock nos concede um filme inteligente, cujo suspense acontece de forma sutil e gradual, bem diferente das películas atuais do mesmo gênero. A história gira em torno de Jeff (James Stewart), um fotógrafo profissional que se vê obrigado a ficar o dia inteiro em seu apartamento, devido a um grave acidente de trabalho. Inerte numa cadeira de rodas, ele passa a observar de sua janela a vida dos vizinhos, através de sua câmera. Aos poucos, o que era um simples passatempo, se torna uma obsessão. Até que um dia, Jeff começa a suspeitar que seu vizinho assassinou a própria esposa e escondeu o corpo no jardim. A partir daí, com a ajuda da noiva Lisa (Grace Kelly), o fotógrafo tenta a todo custo provar que o crime realmente aconteceu. Indiscutivelmente, Janela indiscreta está entre os melhores filmes de Hitchcock. Ele consegue, de forma singular e convincente, prender a atenção do expectador, através de um tema atual e ao mesmo tempo polêmico. Por meio dele, o mestre do suspense nos faz refletir sobre a invasão da privacidade alheia e suas inevitáveis consequências.