quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Maridos e esposas



Direção e roteiro: Woody Allen  
        
Gênero: Drama, Romance
 
Duração: 108 min.

Origem: Estados Unidos

Estreia: 18/09/1992

Distribuidora: Continental

Elenco: Woody Allen, Mia Farrow, Judy Davis, Sydney Pollack, Juliette Lewis, Liam Neeson
                 
 

Por Wanderley Andrade

O ano de 1992 não foi fácil pra Woody Allen. Seu casamento com Mia Farrow chegou ao fim, depois que ela encontrou no apartamento do diretor fotos de sua filha adotiva, Soon-Yi Previn, nua.
Coincidência ou não, no mesmo ano, Allen lançou o excelente, Maridos e esposas (1992). O filme conta a historia de Gaby (Woody Allen) e Judy (Mia Farrow), um casal que passa a questionar a própria relação após receberem a noticia do divorcio dos amigos Jack (Sydney Pollack) e Sally (Judy Davis).


A partir daí os desentendimentos começam a surgir, como também o interesse por outras pessoas. Gabe, que é professor de literatura, aproxima-se de uma aluna, a bela Rain (Juliette Lewis), ao mesmo tempo em que Judy se apaixona por um amigo, Michael, interpretado pelo excelente Liam Neeson.


O roteiro de Allen é bem estruturado e os personagens complexos, profundos. Movimentos irregulares de câmera, associados a cortes bruscos de cenas, dão ao filme um ar de documentário. Nada gratuito ou despretensioso.  A intenção é provocar no expectador a sensação de que participa da cena, testemunhando cada situação. Outro artifício interessante utilizado no filme, como forma de reforçar esse perfil documental, é o de mostrar, em diferentes momentos, depoimentos de cada personagem. Objetivo? Dar veracidade à história. Sofremos com eles, quase que sentindo o gosto amargo do fim de uma relação. Mais um ponto pra Allen, especialista em transitar sem dificuldades por qualquer gênero.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Wolverine: Imortal



Enfim um filme à altura de um dos personagens mais queridos da Marvel. A historia se passa logo após o terceiro filme da franquia X-Men, X-Men 3 - O Confronto Final. Depois de matar Jean Grey (Famke Janssen), Logan (Hugh Jackman) passa a viver na selva como um ermitão. Ele é encontrado pela jovem Yukio (Rila Fukushima) que entrega um recado do pai, Yashida (Hal Yamanouchi). No passado ele fora salvo pelo mutante, quando uma bomba atômica atingiu a cidade de Nagasaki. Yashida apresenta a seguinte proposta: quer que Logan transfira para ele seu fator de cura. Logo após recusar o convite, é infectado por Víbora (Svetlana Khodchenkova), uma bióloga mutante. A partir daí torna-se uma pessoa "normal". Precisa encontrar meios para proteger Mariko (Tao Okamoto), a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen (Hiroyuki Sanada) quanto da máfia japonesa. Seu maior desafio será passar por tudo isso sem o fator de cura. 


O roteiro de Wolverine – Imortal explora os conflitos existenciais do mutante. Sua luta contra a culpa de ter matado a pessoa que amava. Esse é o ponto forte do longa. Claro que quem vai ao cinema para assistir a um filme de super-herói, espera ver muita ação. E tem, mas não de forma desenfreada. Por sinal, uma das melhores cenas do filme é o embate entre Logan e um capanga japonês em cima de um trem bala. Surpreendente!

 
Destaco também a excelente atuação de Hugh Jackman. Difícil imaginar Wolverine sendo interpretado por outro ator. Jackman incorporou de maneira competente os trejeitos necessários ao personagem.
Enfim, um bom filme que, pelo visto, terá continuação.

Dica: Aguarde surpresas após os créditos finais.